Porque você deve construir um diário de mergulho

Porque você deve construir um diário de mergulho

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Ter um livro de registro de mergulho pode ser uma tarefa chata ou a parte mais interessante da prática do esporte. Acreditamos muito na segunda opção e, por isso, resolvemos dar algumas dicas para você desenvolver algo traga valor para os seus registros.

Comece imediatamente

Se você está começando a mergulhar, organize-se para guardar as informações para o seu diário de bordo. As informações do seu computador de mergulho vão te ajudar a construir esse registro. Para começar, recomendamos guardar os seguintes dados:

  • Equipamento usado;
  • Pressão das temperaturas no início e no fim do mergulho – se o seu computador não for integrado com o sistema de gás;
  • Local de mergulho;
  • Companheiro de mergulho;

Guarde o seu diário

Muitos mergulhadores fazem registros de mergulho a partir das técnicas que são ensinadas nas escolas para mergulhadores ou compram alguns modelos vendidos em lojas especializadas. Atualmente é possível usar aplicativos no celular como o Dive Number, disponível para Android e iPhone.

Trate como um jornal

Gastar um bom tempo montando um registro de mergulho é valioso para o resultado final. Use a seção de notas para mostrar o que você viu, o que sentiu e quais são as suas ideias pós-mergulho. Isso pode resultar em duas coisas:

O seu registro de mergulho vai contar informações valiosas que poderão ser usadas posteriormente em outros mergulhos

O seu registro de mergulho pode se tornar uma coleção de experiências que podem ser revisitadas a qualquer momento.

Coloque fotos e notas

Mergulhadores usam equipamentos e ferramentas para seus mergulhos ou melhorar a experiência dentro da água. Esses detalhes devem constar nos seus registros e ajudam a aprofundar o conhecimento sobre aquela aventura.

Se durante a atividade você tirou fotos ou fez algum outro tipo de registro, acrescente ao seu registo de mergulho. Assim, contando em detalhes, fica mais fácil extrair informações para novas aventuras e, com isso, ele pode se transformar em um diário de mergulho.

Organize tudo!

Independente do método que você usar para construir o seu registro de mergulho, a coisa mais importante é continuar ativo e manter o seu diário atualizado. Ele é a prova da sua experiência com mergulho, mas tem que ser funcional para você.

O registro de mergulho acaba virando um verdadeiro amigo diário das suas aventuras e diversão embaixo d’água! Traz surpresas inesperadamente, por exemplo, você descobrir que está fazendo 20, 50, 100 mergulhos. Cada um deles é motivo de comemoração e muitas vezes expectativas. Vocês não imaginam a minha emoção ao notar que preenchia os meus mergulhos de número 999 e o de número 4999. Imaginem a vontade de fazer os próximos e cumprir estas metas”, explica Paulo Guilherme Pinguim, diretor e mergulhador da Onda Azul.

Noronhe-se!

Noronhe-se!

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A Onda Azul resolveu trazer a opinião do mergulhador e fotógrafo submarino Roberto Palmer. Neste artigo, ele fala um pouco sobre a sua experiência em Fernando de Noronha, arquipélago que é um sonho de todo mundo. O texto tem muitas informações para quem quer partir para um aventura neste paraíso.

Agora vamos ficar no Brasil e no lugar que é considerado um paraíso tanto por mergulhadores como por aqueles que não mergulham. Fernando de Noronha é um dos destinos mais desejados por muitos brasileiros e é um lugar belíssimo. Um arquipélago formado por 21 ilhas vulcânicas e ocupa uma área de 26 km². Faz parte do estado de Pernambuco e está a 545 km de Recife e a 360 km de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte. Seu ponto mais alto, o morro do Pico, possui 323 metros de altura.

Noronha possui mais de 100 pousadas e/ou hotéis, desde as pensões mais baratas até os hotéis 5 estrelas. Uma pesquisa na internet ou a sempre eficiente opiniões de amigos que lá estiveram é imprescindível para evitar problemas quando da chegada à ilha. São muitas opções em praticamente todos os lugares da ilha e uma pesquisa anterior é sempre uma boa ideia. Existem vários sites com informações sobre Noronha e entre eles estão os seguintes:

Taxas:
TPA – Para entrar em Noronha é obrigatório o pagamento da taxa de preservação ambiental cujo valor depende do número de dias que ficaremos na ilha. Ela varia de R$ 73,52 para um dia até R$ 5.183,78 para uma permanência de 30 dias. O valor a ser pago pode ser visto neste site.

Taxa Ingresso – Desde 22/09/2012 há uma nova taxa a ser paga ao visitar Fernando de Noronha.

Além da TPA, cobrada ao chegar, agora há uma segunda taxa, ou melhor, um ingresso para visitar a área do parque nacional marinho. Custa R$ 106,00 para brasileiros e R$ 212,00 para estrangeiros e é válida por 10 dias, sendo que maiores de 60 anos e menores de 12 anos estão isentos. Mais detalhe sobre essa nova taxa está em: https://www.parnanoronha.com.br/ingressos

Taxa IBAMA
E ainda existe a taxa IBAMA de R$ 10,00 por dia de mergulho. Mas essa é somente para os mergulhadores. Para os não mergulhadores, Noronha possui várias opções de trilhas, praias e passeios pelos diferentes locais da ilha.

Um carro, ou melhor, um bugre, ajuda bastante no deslocamento e você pode incluir o bugre quando do aluguel da pousada ou hotel. Embora nem todas possuam essa facilidade, em algumas isso pode ser negociado. Pesquise antes se esta for a sua vontade.

As trilhas de Noronha se dividem em dois tipos; as que ficam dentro do parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, para as quais é necessária autorização do IBAMA e acompanhamento de guias credenciados e as que ficam dentro da APA, área de preservação ambiental, que são de livre acesso.

As que ficam dentro do parque Nacional são as trilhas da Baía do Sancho, do Farol, do Capim-Açu, da Pedra alta e a da Baía dos Golfinhos. As que ficam na APA são as trilhas Jardim Elizabeth, Costa azul e a Costa Esmeralda.

Segue um pequeno resumo de cada uma delas.

  • Baia do Sancho. É uma das mais bonitas, pois, começando na Praia da Cacimba do Padre, passa pela baía dos Porcos e termina na baía do Sancho, cuja praia já foi considerada, mais de uma vez, como sendo a mais bonita do mundo. Na praia do Sancho fica a melhor parte para alguns ou a pior, para outros. Uma escada por dentro da rocha leva ao mirante da baía do Sancho, que fica 40 metros acima.
  • Farol. Essa possui 2,5 Km de extensão e vai da Praia do Sancho até a Ponta da Sapata. É uma sucessão de mirantes com paisagens deslumbrantes em cada um deles.
  • Capim-Açu. Com 7 km, é a trilha mais longa de Noronha. Nesta trilha podemos encontrar equipamentos da segunda guerra mundial. Aberta somente de agosto a fevereiro é uma trilha bem puxada. Começa na encosta de Quixaba e vai até a ponta do Capim-Açu e depois termina na praia do Leão. Como a praia do Leão é área de desova de tartaruga, ela fica fechada no restante do ano.
  • Pedra Alta. Com 4 km de extensão, começa na enseada de Caieira e vai até a Vila do Trinta. Desta trilha é possível avistar as “pedras-secas” que é considerado um dos melhores mergulhos de Noronha. O mar que avistamos desta trilha é o mar de fora.
  • Baía dos Golfinhos. Com 2 km de extensão, é considerada uma das mais fáceis de Noronha. A Baía dos Golfinhos é um santuário e o banho de mar e o mergulho são proibidos. O mirante dos Golfinhos está a 70 metros de altura e dele é possível admirar os golfinhos rotadores que entram e saem da baía ao longo do dia.
  • Jardim Elizabeth. Possui 1,6 km e corta a mata em direção à praia do Cachorro. Passa por uma ponte do século 18 e por uma alameda de cajazeiras. O local onde começa a trilha é uma herança dos holandeses que usavam a região para aclimatação de plantas trazidas da Europa.
  • Costa Azul. Com 2,3 km de extensão, começa na Vila dos Remédios e termina na Praia da Conceição, onde fica o morro do Pico. Possui mirantes para as praias do Cachorro e do Meio.
  • Costa Esmeralda. Com extensão de 2.2 km é considerada uma das mais bonitas, pois passa por pela praia do Bode, de Quixaba e Cacimba do Padre. No final temos a visão de duas rochas próximas que é um dos cartões postais de Noronha. O Morro dos dois Irmãos.

Mas se trilha não é o seu forte e o que você gosta realmente é de uma boa praia, as de Noronha se dividem entre aquelas que ficam no mar de fora e àquelas que ficam no mar de dentro. As do mar de fora são a praia do Leão, da baía do Sueste e a do Atalaia. As do mar de dentro são a da Biboca, do Cachorro, do Meio, da Conceição, do Boldró, do Americano, do Bode, de Quixabinha, da Cacimba do Padre, da Baía dos Porcos e a do Sancho. Cada uma delas tem seus atrativos e vale a pena uma pesquisa na internet para decidir qual seria a melhor para você.  Ou visite todas e decida você mesmo qual a melhor. Se é que isso é possível.

Para quem gosta de mergulho, as operadoras em operação em Noronha são:

Noronha possui mergulho tanto para os que acabaram de concluir o curso como para aqueles que estão à procura de mergulhos mais técnicos. Os mergulhos também se dividem entre os do mar de dentro e os do mar de fora.

Entre os do mar de dentro, estão: pontal do norte, cabeço das cordas, cabeço da sapata, caverna da sapata, corveta V17, laje dois irmãos, buraco do inferno, ressurreta, cagarras funda, ilha do meio, navio do porto e morro de fora.

E entre os do mar de fora, estão: pedras secas, iuias, cabeço submarino, caieiras, ilha do frade, buraco das cabras e macaxeira. Mas o pessoal das operadoras está sempre descobrindo um ponto novo e vale sempre a pena consultar as operadoras sobre isso.

A melhor época de mergulho em Noronha varia se estamos no mar de fora ou no de dentro. De Maio a Novembro o melhor é ficar no mar de dentro e no resto do ano, o ideal é ficar no mar de fora. Mas como toda regra, essa também possui exceções e não é difícil mergulhar no mar de fora em setembro, por exemplo.

A água em Noronha geralmente está entre 26 e 29 graus Celsius. E a visibilidade, geralmente é de, no mínimo, 20 metros. Mas pode ficar muito maior em algumas épocas.

Entre os pontos de mergulho, destaco Pedras Secas, Ressurreta, Caverna da Sapata e a Corveta, para quem gosta de mergulho técnico.

Pedras Secas é um lugar fantástico e é considerado um dos melhores mergulhos no Brasil. Embora o mar por ali nem sempre esteja calmo, vale a ida. O visual sub é muito bonito, cheio de fendas e passagens.

Ressurreta ou Canal da Rata é um drift delicioso, ou seja, um mergulho que é feito em correnteza que pode estar fraca ou forte. De qualquer forma, é sempre muito tranquilo, pois vamos a favor da corrente sem fazer esforço algum. No meio do caminho tem uma Ancora. Tente parar e fazer uma foto.

Caverna da Sapata é um mergulho muito tranquilo, no qual vamos até o fundo da caverna que possui uma grande boca e permite a entrada facilmente. Na entrada da caverna tem sempre uma ou mais arraias na areia. A foto da Arraia compondo com a boca e o azul de fundo fica sempre legal. Cuidado para se aproximar muito do fundo e levantar suspensão.

E a Corveta V17 é o paraíso dos mergulhadores técnicos. Por estar nos 60 metros na areia, é altamente recomendado o mergulho com Trimix, que é uma mistura gasosa com menos gás Nitrogênio e acréscimo de gás Hélio que nos permite ir mais fundo e não sentir os efeitos da Narcose por Nitrogênio.

Seja qual for a sua preferência, superfície ou submarina, Noronha possui atrações que certamente irão lhe agradar.

Mas Noronha possui uma coisa que eu realmente não consigo entender. Deve ser o único local do mundo onde um Museu serve um salgadinho feito, em parte, com a carne do que ele deveria estar ajudando a preservar.

Por incrível que pareça, o museu do tubarão serve bolinho feito com carne de…… Tubarão. Por mais absurdo que isso seja, um museu que devia incentivar a preservação dos tubarões faz exatamente o contrário ao vender seu bolinho de tubalhau. Concordo totalmente com a opinião da Sea Shepherd.

A venda de bolinhos feitos com carne de Tubarão no museu do tubarão é um contrassenso total. Ao invés de incentivar e defender a existência dos tubarões acaba indo na direção contrária. Não sei se esta prática ainda continua. Pela internet não consegui nenhuma informação atualizada sobre ela.

Para quem gosta de fotografia, usei uma Nikon D300. Para as fotos subs usei uma Tokina 10-17 mm, uma Sigma 17-70 mm e uma Nikkor 60 mm. E para as fotos secas, a mais usada foi a Sigma 17-70 mm.

Conheça o trabalho de Roberto Palmer

www.facebook.com/robertopalmerfotografia/

www.instagram.com/robertopalmer/

Prezados mergulhadores, clientes e amigos,

Em função da atual situação do Brasil e do mundo, de quarentena, isolamento físico e proibição de agrupamento de pessoas num mesmo local, teremos que alterar nossas atividades de mergulhos e de cursos. Nosso calendário está temporariamente suspenso até segunda ordem e deste momento em diante trabalharemos apenas com cursos sob consulta e demanda. Se você tem interesse em algum curso do Onda Azul ou parceiros, entre em contato por e-mail e nos conte sua necessidade. Iremos atender da melhor forma possível.

Desde já agradecemos a atenção e compreensão,

Paulo Guilherme Pinguim
Fundador do Centro de Estudos do Mar Onda Azul