A ilha espanhola que foi preservada por um jovem escocês

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A ilhota chamada do Frade,  na costa do município de Águilas, em Murcia (Espanha) é conhecida por ser um rico sítio arqueológico com materiais de alguns povos que passaram pela região como os romanos e muçulmanos. Mas a história do local também passa por um misterioso morador:  Hugh Pakenham Borthwick.

Borthwick era um jovem inglês que habitou a região a partir de 1912. Segundo os historiadores, chegou ao local acompanhado por dois empregados e vários cachorros. Morou sobre uma espetacular jazida arqueológica, onde havia possíveis restos de um edifício monumental, moedas, um assentamento romano e evidências muçulmanas.

Antes do morador ilustre, toda essa riqueza despertou o interesse, por exemplo, do Rei Carlos III, que enviou uma expedição que documentou o muro que cerca parcialmente a ilha. No entanto, o jovem escocês nunca se interessou em explorar este material. Em 1920, sem razões aparentes, abandonou o lugar, que nunca mais voltou.

Quarenta e oito anos depois, 1968, os descendentes Borthwick pediram a propriedade da ilhota em formato cônico com uma área de 6,2 hectares e que se eleva a uma altura máxima de 93 metros acima do nível do mar. Porém já havia prescrevido o prazo e o tesouro arqueológico passou, dessa forma, às mãos do Estado.

Cientistas que tentam completar um quebra-cabeças

Os especialistas  da Área de Arqueologia da Universidade de Murcia (Grupo de pesquisa iArqUM) e do Museu Arqueológico de Águilas veem estudando o local desde 1979, quando começaram as escavações.  Os primeiros vestígios encontrados foram de artefatos romanos. No entanto, desde que foi encontrada uma necrópole islâmica com uma tumba infantil, os estudos apontam para outra direção. Há muitos mistérios a serem desvendados neste pequeno pedaço do Mediterrâneo.

Outro mistério que cerca Frade é um muro que rodeia a ilha. A primeira referência  sobre a construção corresponde ao tenente-coronel do corpo dos engenheiros espanhol Juan Escofet que, em 1773, o interpretou como “uma fortificação”, uma muralha. Foi construído com alvenaria e a erosão marinha o deteriorou. Quevedo suspeita, entretanto, que não se trata propriamente de uma muralha, “e sim de uma poderosa estrutura que ajudou no desenvolvimento urbanístico da ilha”. Por enquanto, não foi possível datar com precisão sua edificação e determinar sua função exata.

Um barco cheio de ânforas romanas e lingotes; tanques espalhados pela ilha; além de vários fragmentos que estão espalhados pela região. Nada disso despertou a curiosidade de Hugh Pakenham Borthwick, mas agora estão sendo usados para tentar responder as questões dos pesquisadores.

Com informações do El País.

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